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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Expointer: seminário debate permanência do jovem no campo

O Seminário Juventude e Sucessão na Agricultura Familiar, realizado durante a tarde desta quinta-feira (30) reuniu jovens e representantes de vários movimentos sociais na Expointer 2012. Com o objetivo de discutir políticas públicas relacionadas a permanência do jovem no campo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, abriu o debate falando das políticas do ministério voltadas para os jovens rurais.
A permanência da juventude no meio rural é um fator que valoriza e fortalece a agricultura familiar. No entanto, no Rio Grande do Sul, estima-se que mais de 31% das propriedades de agricultores familiares não tenham jovens para garantir a sucessão. “É um dos principais desafios para a manutenção da agricultura familiar”, afirmou o ministro.
Várias demandas foram discutidas durante o seminário, uma delas foi o fortalecimento de uma política de educação no campo. Na opinião do agricultor e representante da Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil (Arcafar), José Celso, as escolas precisam abordar a realidade do jovem rural. Para ele, é importante, por exemplo, a Pedagogia de Alternância. “Metodologia que proporciona ao estudante mesclar períodos em regime de internato na escola com outros no meio rural, para que os alunos apliquem no cotidiano o aprendizado”, disse
Dentre as questões tratadas também estava a criação de uma política pública ainda mais efetiva de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) continuada, a garantia do acesso à internet para os jovens, geração de renda e trabalho e o acesso à terra. Para o agricultor de 22 anos, Guilherme Gasparetto, a questão da propriedade da terra é o fator determinante para que continue trabalhando na agricultura. “No campo, trabalho para mim. Na cidade trabalho para os outros”, explicou.
Guilherme trabalha na terra do pai com dois, de quatro irmãos. Ele conta que a produção de uva é tradição da família. “Meus avós já cultivavam uva, meus pais deram continuidade e eu quero seguir no mesmo caminho”, disse. Outros dois irmãos escolheram trabalhar com profissões distintas, mas ele diz não ter essa vontade. “É muito melhor trabalhar no campo, não tem esse monte de barulhos e coisas para fazer ao mesmo tempo. É só você e o barulho dos pássaros”, conta.
Guilherme e seu irmão Vinícius, 28, estão representando a família na 14ª Feira da Agricultura Familiar. Os Gasparetto são responsáveis por dois estandes na feira. Vinícius cuida do café colonial, onde os visitantes podem desfrutar de pães, bolos, café e suco de uva produzidos em sua propriedade. Já Guilherme, levou o suco de uva integral.