Presidente disse não ter 'medo de enfrentar os injustos nem a injustiça'.
Priscilla MendesDo G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff fez um alerta nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, aos agressores que cometem violência doméstica: “Não esqueçam jamais que a maior autoridade deste país é uma mulher”. Ela pediu maior “compromisso e participação” para combater a desigualdade de gênero.
O alerta da presidente foi feito durante pronunciamento exibido nesta noite em cadeia nacional de rádio e TV por ocasião do Dia Internacional da Mulher, no qual ela também anunciou a retirada de impostos federais de todos os produtos da cesta básica e medidas de defesa do consumidor.
“Faço um especial apelo e um alerta àqueles homens que, a despeito de tudo, ainda insistem em agredir suas mulheres”, disse.
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“Se é por falta de amor e compaixão que vocês agem assim, peço que pensem no amor, no sacrifício e na dedicação que receberam de suas queridas mães. Mas se vocês agem assim por falta de respeito ou por falta de temor, não esqueçam jamais que a maior autoridade deste país é uma mulher, uma mulher que não tem medo de enfrentar os injustos nem a injustiça, esteja onde estiverem”, declarou a presidente.
A presidente aproveitou o dia dedicado às mulheres e prometeu instalar em cada estado um centro de atendimento integral à mulher.
O local terá, conforme disse, serviços direcionados, como um setor de prevenção e atenção contra a violência doméstica e um setor de capacitação profissional e estímulo ao pequeno negócio.
Dilma disse que “um governo comandado por uma mulher tem mais que obrigação de lutar pela igualdade de gênero”.
“Nenhum país moderno pode desperdiçar a energia e o talento das mulheres, sob o risco de deformar o seu presente e comprometer o seu futuro”, afirmou.
O país precisa, de acordo com Dilma, intensificar o combate contra “crimes monstruosos do tráfico sexual e da violência doméstica”.
Ela destacou a Lei Maria da Penha, a qual afirmou ser uma das melhores do mundo. “A violência doméstica tem que ser varrida dos nossos lares e do nosso território”.