De julho a outubro de 2013, mais de 234 mil agricultores familiares da região do Semiárido brasileiro fecharam contratos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que corresponde a um valor total de R$ 735,2 milhões financiados. Os dados são do Banco Central e se referem aos estados contemplados pelo Plano Safra Semiárido.
“Os resultados são muito bons. Eles demonstram que mesmo com a continuidade da seca, estamos mantendo os investimentos. Nossa expectativa é que, em janeiro, com o início das chuvas, haja um crescimento das operações e um salto expressivo para os agricultores”, diz o secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini.
Este é o primeiro ano em que o Governo Federal lança um Plano Safra específico para o Semiárido, com R$ 7 bilhões disponibilizados para o crédito dos agricultores dos nove estados da região: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais. Desse montante, R$ 4 bilhões em crédito são destinados aos agricultores familiares por meio do Pronaf, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A ação, inovadora no País, contempla investimentos em segurança hídrica, reserva de alimentos para o consumo animal e mercados para a comercialização aos agricultores.
Condições especiais
Com o objetivo de incentivar a produção de culturas alimentares adaptadas à realidade do Semiárido e reservas estratégicas de alimentos para consumo animal e água para produção, o Governo Federal criou condições especiais para os agricultores, com o Plano Safra Semiárido.
As taxas de juros do Pronaf passaram a ser diferenciadas. Para as operações de custeio, os juros são de 1% a 3%, ao ano – nas demais regiões, os juros variam entre 1,5% a 3,5%. Já os contratos de investimento, têm juros de 1% a 1,5%, ao ano – para o restante do País, as taxas ficam entre 1% e 2%.