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sábado, 23 de maio de 2020

Se o governo não preserva, a gente faz nossa parte!

FOTO: Foto ilustrativa

Nesta sexta-feira (22 de maio) celebramos o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população sobre a conservação e proteção da diversidade de vida no planeta terra.

Por falar em Biodiversidade, o Brasil é o país que detém a maior diversidade de flora e fauna do mundo, com mais de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais, vivendo no seu extenso território e nos diversos climas do nosso país.
Foto ilustrativa

Estamos cuidando da nossa Biodiversidade?

Notícias de todo o mundo têm registrado nos últimos anos que o Brasil infelizmente vem apresentado dados alarmantes de destruição da sua biodiversidade, que se evidencia no avanço do desmatamento, no aumento das queimadas, no derramamento de petróleo e de rejeitos de minério, nas invasões de terras de comunidade tradicionais - agricultores(as) familiares, indígenas, quilombolas, pescadores(as) - nas medidas de relaxamento da fiscalização e da legislação ambiental, entre outras ações que lamentavelmente têm sido patrocinadas por gestores que deveriam defender e proteger o patrimônio ambiental de todos os(as) brasileiros(as).
Queimada na Floresta Amazônica - Foto: Victor Moriyama / Greenpeace

O próprio Ministério do Meio Ambiente que tem por missão primar pela defesa da biodiversidade do país, atualmente tem conduzido uma militarização da sua gestão e promovido a degradação dos valores e missões de instituições de Estado que são estratégicas na defesa ambiental, como o IBAMA, o ICMBio, a FUNAI e outras, em detrimento dos interesses dos grandes latifundiários e de empresas nacionais e internacionais que historicamente exploram nossas riquezas naturais, dizimam as comunidades rurais tradicionais e deixam um lastro de poluição e degradação ambiental no nosso país.

Tragédia de Mariana/MG provocada pelo rompimento de barragem da empresa multinacional Vale - 2017

Na contramão

Nem mesmo com o triste contexto de uma pandemia de COVID-19, em que estão evidentes os impactos negativos causados pela má gestão dos governos em relação à biodiversidade no planeta terra, o atual governo brasileiro tem se mostrado sensível à necessidade urgente da preservação das vidas da floresta amazônica e dos demais biomas do Brasil.

“Enquanto muitos países estão debatendo sobre a retomada das suas atividades pós-pandemia, com um olhar direcionado para a sustentabilidade e conservação dos recursos naturais do planeta, o governo federal do Brasil tenta desqualificar a atuação das entidades e movimentos sociais e dos órgãos de pesquisa científica que trabalham pela preservação das vidas do planeta”, lamenta a secretária de Meio Ambiente da CONTAG Rosmarí Malheiros.

Se por um lado ainda não há esforço por parte do governo federal, a CONTAG e outras entidades seguem na luta incansável pela proteção do meio ambiente e manutenção dos direitos constitucionais dos povos tradicionais. Nesse sentido, a Confederação soma força com outras organizações, na luta contra a Lei 13.123/2015, nomeada de Lei da Biodiversidade ou “Lei da Biopirataria” que beneficia, sobretudo, as empresas sementeiras, farmacêuticas e do agronegócio em detrimento à proteção dos conhecimentos tradicionais dos povos; participa da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida que tem o objetivo de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam; compõem a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), na promoção da agroecologia e de construção de alternativas sustentáveis de desenvolvimento rural; se articula no Congresso Nacional e em várias frentes brasileiras e internacionais que promovem a agroecologia como modelo de produção de alimentos e manutenção da vida; entre outras ações estratégicas.

“Nós, agricultores e agricultoras familiares, primamos pela produção de forma sustentável, preservando produtos tradicionais, e assim contribuindo com uma alimentação equilibrada e com a conservação da agrobiodiversidade. Além de sermos os(as) guardiões dos recursos naturais, somos hoje e pós-pandemia, a esperança de que não faltarão alimentos no mundo”, ressalta a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Rosmarí Malheiros.


Viva a Agrobiodiversidade!

Viva a Agricultura Familiar!
FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes