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sábado, 27 de junho de 2015

A importância de dar luz voz e vida aos camponeses e camponesas torturados e mortos pela ditadura militar

 

Hoje é o Dia Internacional da Luta contra a Tortura. Como parte das ações para destacar a importância de manter viva essa memória para que o absurdo da tortura não volte a se repetir em nenhum lugar do mundo, o Senado Federal promoveu ontem (26) uma audiência pública para o lançamento do documentário sobre a violação dos direitos humanos de camponeses e camponesas durante a ditadura militar que assolou o Brasil 1964 e 1985, do qual já falamos AQUI.

A CONTAG, como participante da Comissão Nacional Camponesa, participou da audiência. A assessora de Política Agrária da CONTAG. Nicinha Porto, destacou o trabalho feito pela Comissão Nacional Camponesa junto a pesquisadores de universidades de todo o país para iluminar as histórias dos milhares camponeses anônimos que sofreram grandes consequências da repressão militar, como a tortura e até a morte.

“Na pesquisa realizada pela Comissão Nacional Camponesa produzimos um material muito rico, um relatório de mais de 500 páginas que conta como a ditadura, por omissão ou por ação direta, violou direitos de trabalhadores do campo. Mas, infelizmente, no relatório da Comissão Nacional da Verdade estão relatados apenas os casos dos trabalhadores rurais militantes, que têm uma trajetória mais conhecida. Os anônimos, que estão no nosso relatório da Comissão Nacional Camponesa, permanecem anônimos”, aponta Nicinha Porto.

A audiência foi uma oportunidade para que se lançasse novamente a questão: Como o Estado pode buscar as reparações coletivas, as reparações simbólicas e as reparações financeiras para os trabalhadores prejudicados e até mortos durante aquele período? No caso do campo, o caminho é longo: como se poderá provar a vinculação dos grandes grupos econômicos e grandes empresas com os malfeitos da ditadura? É preciso insistir pelo cumprimento das resoluções da Comissão Nacional da Verdade, especialmente naquilo que diz respeito à continuidade dos estudos, na constituição de um órgão que seja capaz de pesquisar e continuar pesquisando permanentemente.

“Queremos empenho das autoriaddes em assegurar, por meio do MEC, doCNPQ e de outras instituições de pesquisa, de recursos que possam fomentar cursos para os estudos. A rede de pesquisadores de universidades de vários estados constituída pela Comissão Nacional Camponesa tem muita disposição e vontade de continuar relatando as causas dos camponeses, mas temos muitas limitações. São necessários mais editais, recursos e fomento para a pesquisa”, afirma Porto.

documentário estreia amanhã (27) às 21h30, na TV Senado.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto