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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Delegação Internacional compartilha suas expectativas para o Festival



RodrigoYañes, do Chile, GabrielaZarate e Eder Villaba, do Paraguai

FOTO: Lívia Barreto

O portunhol é bem compreendido e o sorriso inicia todas as comunicações. Vinte e um jovens rurais de nove países da América Latina chegaram ontem (domingo, 26) em Brasília para nosso 3º Festival da Juventude Rural. Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Equador, Costa Rica, Porto Rico e El Salvador enviaram representantes de movimentos rurais de seus países para participar dessa grande experiência da luta da juventude do campo latino-americano.

Gabriela Zarate, de 27 anos, representante da Unión Agrícola Nacional do Paraguai conta que uma de suas principais expectativas é conhecer as experiências de luta do movimento sindical brasileiro. “O Brasil tem uma grande história de lutas e já conseguiu muitos sucessos, queremos aprender com vocês”, afirma.

Também do Paraguai, Eder Villalba, de 26 anos, da Organización Nacional Campesina, conta que pretende aprender com o nosso MSTTR sobre organização e sustentabilidade sindical. “Infelizmente os agricultores de meu país ainda não compreendem a importância da luta sindical para a garantia de direitos dos trabalhadores rurais. Nosso movimento ainda é financeiramente muito enfraquecido: a contribuição é de apenas o equivalente R$ 1,8 por mês e muitos não querem pagar”, relata o jovem.

O representante do Movimiento Unitario Campesino y Etnias de Chile (Mucech), Rodrigo Yañes, de 30 anos, quer também compartilhar suas experiências. “No Chile, a água não é um direito de todos. Desde 1981, no governo ditatorial de Pinochet, os cidadãos chilenos têm que pagar por cotas, como em uma bolsa de valores, para ter acesso a água em suas propriedades”, explica ele.

Paraguai e Chile também compartilham com os outros países da América Latina o problema do acesso a terra e a evasão dos jovens do meio rural. O equatoriano Dario Conlago, de 23 anos, conta que em seu país os jovens não querem ficar no campo porque faltam a estrutura básica de saúde e educação e também outras demandas essenciais como diversão e tecnologia. “Precisamos nos unir para lutar desde as coisas mais básicas como acesso a terra, mas também por crédito para a produção, por exemplo. Sem renda e sem perspectiva, o jovem não fica no campo”, afirma Dario.

Angélica Rodriguez, de 25 anos, faz parte da Comissão Nacional de Fomento Rural do Uruguai e afirma que um de seus principais objetivos é aprender com a CONTAG a fortalecer a luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, da floresta e das águas. “Quero trocar experiências e espero aprender muito, não só com os brasileiros, mas também com meus companheiros latino-americanos”, afirmou a jovem.

Com apenas 20 anos, o chileno Lautaro Muñoz também quer ampliar seus conhecimentos sobre o movimento sindical. “Essa é uma excelente oportunidade de trocar experiências e podermos falar de nossas realidades e ouvirmos sobre o que a juventude dos outros países estão fazendo”, afirma o rapaz.

FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto